segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

27º e 28º DIA – 16-17/01/2014 – sexta, sábado



27º dia – sexta - Mendoza a Nagoya (Entre Rios) – 1000 Km.

Paulada... Mesmo com a Ranger fervendo e com problemas de arrefecimento fiz esta loucura de rodar 1000 Kms em um deserto de 45 graus. Foi de lascar.

O Ar condicionado não estava mais conseguindo esfriar de tanto calor que estava. Foi melhor desligá-lo e seguir com as todas as janelas abaixadas. Um inferno de porta aberta. A cada 200 Km eu dava uma verificada e completava o nível de água. Assim não tive problema de aquecimento e pude rodar num ritmo de uns 100 Km/h tranquilamente.

Inicialmente eu queria ficar em Rosário, uns 100 Km de onde fiquei. Mas achei que era cedo pra parar. Resolvi tocar mais 56 Km até Victória. Chegando lá fiquei procurando lugar para dormir... Fui em vários hotéis (pq sem AC não daria pra dormir) e nada de ter lugar. Comecei a desconfiar... Perguntei num outro hotel pq estava tudo lotado e eles me informaram que sábado e domingo teria o Carnaval da cidade que era muito bem cotado na região e por isso tudo estava lotado. Até achei lugar para dormir, mas era uma suíte com hidromassagem e custava os olhos da cara.

Decidi seguir para a cidade seguinte, Nagoya, em cujo Gran Hotel, no ano passado meu tio foi roubado em 800 doletas. Claro que não fiquei no mesmo hotel e sim num outro que era melhor, o Hotel Luz. Bom quarto, boa internet (quando funcionou) e preço justo, 230 pesos, algo como 60 reais, mais ou menos.

28º dia – Sabado - Nagoya a Santana do Livramento – 540 Km

EU pretendia chegar mais longe no dia de hoje, mas problemas alfandegários e com a Ranger me fizeram rodar menos.

Como já relatei, a Ranger andava fervendo um pouco as vezes e eu tinha de completar a água do reservatória de expansão e do próprio radiador às vezes. So que desta vez a temperatura subiu e eu não vi. Quando vi e parei, abri o capô e vi que tinha quebrado um peça de plástico do arrefecimento do motor e por ali vazava toda água que eu colocasse. Foi a terceira vez que ferveu na viagem e desta vez a temperatura foi lá pro vermelho. Achei que o motor ia pro espaço.

Olha daqui, pensa dali, fuça daqui e nada dentro do carro tinha o formato adequado para tapar o buraco...

Então eu achei a única coisa que cabia certinho no buraco aberto: uma caneta esferográfica... Não tive dúvidas, foi aquilo mesmo. E ficou bom, pois quando se fechava o capô, a tampa agia como uma trava, forçando a caneta no orifício aberto e vedando quase que totalmente o lugar. Coloquei a caneta, um super bonder e mandei ver até Feira de Santana, divisa com Rivera – Uruguai. Tudo isso com o C# na mão.

Cheguei em Rivera, dei baixa no passaporte e achei um hotel a 90 pilas com AC. Por ali fiquei.

Antes de dormir fui deixar a Ranger no estacionamento do hotel e substitui a caneta por uma peça de metal de um utensílio doméstico que comprei na Argentina, antes de sair de lá. Ele tinha um cabo de metal que ia aumentando de diâmetro, o que era perfeito para se encaixar no lugar da caneta. Tirei a caneta, sequei bem o local, passei mais super bonder, coloquei a peça de metal e depois uma cola com o nome de “pra que prego”. KKKKK

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