10º DIA – 31/12/2013 – Terça (viernes).
Perito Moreno a Cueva de Las Manos e Cochrane (Chile) – mais ou menos
300 Km.
Em Perito Moreno fiquei no hotel Americano. Não tem estacionamento,
porém tem quartos de bom tamanho, bem limpos e novos. O melhor foi o preço, o
segundo mais baixo desde que cheguei na Argentina, 190 pesos. Tem um desayuno
(café da manhã) razoável.
Quando cheguei aqui estava pensando em seguir até Los Antiguos e depois
pegar uma estrada pouco conhecida que bordeava a divisa com o Chile até chegar
ao Paso Roballos (pronuncia-se Robajos). Mas na central turística de Perito
Moreno me lembraram que por outro caminho tem a Cueva de lãs Manos. Um museu
pré-histórico a céu aberto, onde os homens das cavernas pintaram, a 9 ou 13 mil
anos atrás, a silueta de suas mãos nas pedras. Além disso tem muitas outras
pinturas rupestres. Por isso mudei de ideia e fui pelo caminho que passaria
pela cueva, por Bajo Caracoles e ai seguia para o Paso Roballos e finalmente o
Chile, em Cochrane.
Segui viagem de Perito a Cueva. Cheguei lá perto das 11 da manhã,
horário da Argentina (1 hora a menos). Paguei 50 pesos e segui o guia até me
juntar com outro grupo e outra guia. Ai começam as explicações e as pinturas
rupestres. Chega a ser desconcertante imaginar aqueles seres humanos ancestrais
fazendo aquelas pinturas. Alias, o lugar se chama vale do rio Pinturas. Foi
fantástico, quando eu puder publicar todas as fotos q selecionei vcs vão ver.
Saindo de lá segui viagem rumo ao Chile e acabei de me perder um
pouquinho na entrada da ruta a paso Roballos. O interessante foi que tinha sol
até a divisa com o Chile, depois o tempo fechou e o visual não ficou tão bonito
como as fotos tiradas na Argentina. Fora que acabou a bateria da Canon e tive
de tirar fotos com a Fuji que não é a mesma coisa.
O caminho é um espetáculo. Lagos, montanhas nevadas, animais selvagens,
paisagens de cair o queixo. Só espero que minhas fotos possam fazer juz ao que
meus olhos viram. A estrada é estreita, sinuosa e toda de pedrinhas
arredondadas que fazer parecer as vezes que rodamos em cima de bolinhas de
gude. Tem que ir muiiiiito de boa, 30, 40 e máximo 50, mas só em retas. Vi de
tudo na estrada, guanacos, lebres (não dava tempo de fotografar), pequenas emas
(esqueci o nome), tatus e condores. Entretanto estes últimos estavam bem difíceis
de fotografar.
Ao entrar na Carretera Austral senti um orgulho do dever cumprido. Era
uma de minhas metas já na viagem anterior. A estrada nos leva nas bordas do
vale do rio Baker até a cidade de Cochrane, um povoado um pouco maior da
Carretera.
Fiquei no primeiro lugar que perguntei, o Hostal Central. Preço? 10000
pesos chilenos, algo como 45 reais. O lugar é um pequeno e aconchegante Bed
& Breakfest (cama e café da manhã) só que com banheiros compartilhados.
Passei a virada do ano com a dona Trudi e seus outros hospedes, uma
senhora e seu filho que são de Santiago. Foi divertido e muito diferente de
todas as passagens de ano que tive. Apesar que me lembrou das vezes que passei
a virada na chácara com meus pais. Tudo muito quieto, sem fogos e com a gente
assistindo televisão na sala com alguns quitutes.
Hoje é só, como eu disse da outra vez, agora é mais difícil o contato
pq a internet é mais difícil de encontrar por aqui.
Um abraço aos viajantes virtuais.