segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

13º DIA – 03/01/2014 – sexta

CARRETERA AUSTRAL.
Villa O’Higgins a Cochrane – + ou - 280 Km

Acordei tarde. Tomei o café da manhã, que por sinal é muito bom, o melhor até agora. Tinha ovos mexidos, um pão de forma com queijo dentro prensado numa sanduicheira, mais duas torradas, manteiga, doce, café com leite e suco de laranja. Realmente o hostel El Mosco é minha recomendação máxima em O’Higgins. Te um hotel melhor, mas custa os olhos da cara. Olhe o nome: Robinson Crusoe, Deep Patagonian Lodge. Chique no urtimo.

Hoje eu ia fazer umas caminhadas curtas com duração de 2 horas e 1 hora apenas, entretanto o tempo piorou muito durante a noite. O vento patagônico chegou valendo, e com ele veio a chuva e garoa. Bem, pensei, vou seguir a estrada até a balsa bricando nos riozinhos para ver se pego minha primeira truta.

A balsa sairia as 19 h e eu fui beeem devagar pela estrada já que eram uma 11 horas. Na segunda ponte, que é o canal de deságue do lago Cisnes eu parei a Ranger depois da ponte, arrumei as tralhas e segui para arremessar de cima da ponte. E qual foi a minha surpresa ao chegar em cima da ponte e olhar para baixo onde ainda havia barranco e avistar um Huemul (um veado da região) comendo frutinha e folhas de uma árvore. Saquei o celular q estava no meu bolso e tirei algumas fotos. Como o animal não se assustou nem um pouco com a minha presença eu sai de fininho e fui na Ranger pegar a Canon. Voltei e o huemul estava lá tranquilo, tranquilo comendo as suas folhas. Deu para tirar fotos, filmar e voltar pro carro guardar a câmera que o bicho não saia dali. Só saiu quando se fartou de folhas. Enquanto isso eu já estava pescando e só observando o veado ir embora bem de mansinho.

Nesse dia estreei a japona corta vento impermeável que tinha comprado para viajem a Ushuaia. Foi utilíssima já que o tempo estava bem ruim. Não parava de garoar, chover, e ventar.

Parei para tentar pescar em quase todos os rios e nada. Já estava o último rio antes da balsa e resolvi testar. Joguei a isca (um spiner tipo daqueles de traira), vim puxando e senti a fisgada. Depois de uma breve briga tirei minha primeira truta. Tinha uns 30 cm mais ou menos. E o bichinho mordeu a isca pra valer, foi uma dificuldade retirar a garateia sem machucá-lo muito para devolvê-lo ao rio. Depois disso peguei mais um pequenino e só.

Segui para a balsa e ainda fiquei esperando quase duas horas antes de partirmos para o outro lado da carretera.

Depois de 45 minutos de navegação chegamos ao outro lado. Fui o primeiro a sair da balsa e estava com pressa. Já eram quase 20 horas e eu não queria dirigir no escuro. Só lembrando que por aqui o sol se põe lá pelas 23 h. Como a chuva quase não dava trégua segui num ritmo forte, porem cauteloso pois a estrada não dá margem a erros. Errou, dançou.
Cheguei à pacata Cochrane as 22 h e fui direto ao hostal da dona Trudy que ficou bem feliz em me ver. Ela me deu um quarto maior ao preço do menor. Um amor de pessoa a dona Trudy, me lembra a minha mãe.

Não tem muitas fotos do dia de hoje.

Abraços galera.

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